Retomando o blog, vou abordar um assunto que muito me interessa quando se trata de textos de fantasia: a criação de nomes, palavras e idiomas.
Uma das maiores dificuldades para um escritor de fantasia, ao meu ver, é justamente criar nomes, palavras, línguas. Claro, se você for um Tolkien não é problema algum mas é difícil de chegar no nível do Professor.
Eu, basicamente, tive sempre esse dificuldade, em todos os meus textos. Eu acredito que nomes tem poder, tem que ter significado e, assim, não basta qualquer nome. Afinal, quem levaria à sério um texto de fantasia com um elfo chamado João ou Manuel? Por favor, caso você se chame João ou Manuel, não se ofenda comigo mas venhamos e convenhamos, não são nomes “elficos”.
No meu caso o problema só aumenta pois eu gosto de nomear tudo. Não tenho a pretenção de criar um idioma do zero, não tenho tempo nem capacidade para isso mas gosto de criar nomes com significados.
Atualmente eu utilizo três sistemas para isso: Ou eu crio um nome do nada, misturando sibilas, sons e depois fico quebrando a cabeça para arranjar um significado, como por exemplo o nome dos reinos de Arlon e Erdan (aliás, na parte de extra tem um texto sobre a origem de ambos os reinos o significado de seus nomes), que é o método mais “difícil” ao meu ver, ou eu pego palavras de um idioma e simplesmente modifico levemente (num texto meu não relacionado ao “universo” de Nortivy aparece um machado de guerra chamado “Worakre”, que veio do inglês “war axe”, que significa justamente machado de guerra) ou, por fim, misturo palavras de idiomas diferentes.
Aqueles que já tiverem baixado o Guia de Material Complementar de Noritvy, disponível para ser baixado aqui no site já devem ter notado que lá tem um calendário com o nome dos meses de Noritvy. O nome dos meses eu criei misturando japonês com francês, sim, isso mesmo que você está lendo. Uma mistura exótica, não? Eu defini que o ano teria doze meses, peguei o nome dos número de 1 a 12 em japonês e em francês e misturei, pegando a primeira sílaba do número em francês com a primeira sibila do número em japonês.
Uma curiosidade básica: em japonês os números onze e doze são escritos como se fossem “dez um” e “dez dois”, no caso “juuichi” e “juuni” e assim, quando eu criei o nome dos meses misturando japonês com francês, os três últimos meses, o décimo, o décimo primeiro e o décimo segundo acabaram terminando em “ju”, no caso “Diju”, “Onju” e “Douju” respectivamente.
E você, leitor? Já tentou criar palavras novas ou mesmo um novo idioma? Como você fez? Conte nos comentários.