Bom dando inicio à essa nova “fase” do blog, um post novinho também, falando finalmente de assuntos ligados ao livro e não à essa situação que o mundo vive atualmente.
Como eu já disse algumas vezes por aqui, uma das minhas grandes frustrações é não saber desenhar. Eu consigo visualizar as coisas na minha cabeça, consigo descrevê-las em palavras mas na hora de passar para o papel, bem, ai eu sou um desastre.
Diante disso eu sempre me vali de programas de desenho, onde, em cima de modelos predefinidos e usando peças disponibilizadas pelo programa, o usuário consegue criar múltiplos personagens diferentes. Alias, toda a ideia do “Cavaleiro Branco” e do “universo de Noritvy” veio de um desenho que eu fiz de um cavaleiro num site/programa gringo chamado “Heromachine”, que, alias, eu nem sei mais se está no ar.
Sendo que os meus programas/sites favoritos sempre foram o “Fabrica de Heróis”, programa brasileiro, que está atualmente na sua versão 2021, que é paga (custa meros 5 reais) e que atualmente tem um traço que gosto, que lembra muito os gibis americanos e que tem alta capacidade de customização e o “DollDivine”, um site gringo que me foi apresentado pela minha grande amiga Adriana e que é um site com vários “jogos” onde qualquer um podia criar um personagem em vários estilos, estilo “Sailor Moon”, estilo “Princesas da Disney” e até um estilo “Senhor dos Aneis”, que é o que eu usava principalmente e que, embora tivesse uma capacidade de customização bem inferior ao do “Fabrica”, por outro lado, tinha um traço lindíssimo.
Bom, eu enrolei, enrolei e enrolei, caro leitor, e até agora não falei nada que tenha à ver com o titulo do posto, né? Bem, à partir daqui começarei um leve spoiler para quem nunca leu “O Retorno”, então siga adiante por sua conta e risco.
O principal casal de todos os meus livros é, para aqueles que conhecem a minha “obra”, Lucca e Ardriel, que já foram maldosamente apelidados por um amigo meu como o “casal coelho dos elfos” devido ao fato dele possuir sete filhos (sendo que somente a mais velha não é filha dela de sangue mas foi adotada por ela) e ela possuir oito filhos (um “só dela”, a mais velha dele que ela adotou e seis com ele, propriamente dito).
À essa hora já deves ter deduzido que a grande família à qual me refiro no titulo dessa postagem é justamente os “Fornorimar Bianchi”, os filhos deles. Em vários textos, alguns publicados na coletânea “Cronicas de Noritvy”, outros publicados aqui no site e outros ainda inéditos, eu descrevi os filhos deles em varias fases da vida. Mas para mim não bastava, eu precisava dar um jeito de desenha-los, dentro de toda a minha limitação.
E eu o fiz, primeiro no Doll Divine, no desenho que pode ser visto aqui (para ampliar, clique que vai abrir uma nova tela) :
e depois na versão atual do “Fabrica de Heróis”, em imagem que pode ser vista aqui (de novo, basta clicar na imagem para vê-la ampliada em nova janela):
De cara, caro leitor, se você reparar, na segunda imagem aparecem os oito filhos da Ardriel incluindo o seu primogênito Aron, que está ausente da primeira imagem. Confesso que hoje eu penso que foi um erro deixa-lo de fora da primeira imagem mas, infelizmente, o Doll é um site baseado em flash e, desde da virada do outro ano, não consigo mais acessá-lo (e, acreditem, eu tentei).
A outra grande diferença entre as duas imagens, além da ausência do Aron (é claro) e do traço, é a pose dos personagens e ai entramos na capacidade de customização dos sistemas, como eu havia dito na introdução do texto. No “Doll Divine”, as mulheres estão sempre com a mão cruzada na frente da cintura e os homens com uma das mãos na cintura e todos tem sempre o mesmo tamanho, enquanto no “Fabrica de Heróis” você pode variar a posição das mãos, dos braços, a altura dos personagens, a cores das roupas, os formatos destas e importar qualquer cor desde que você saiba o código hexadecimal dela, o que me permitiu inclusive incluir os caçulas da família na sua “forma adolescente”
A customização maior me permitiu também escolher melhor as cores das roupas e a posição dos personagens. Enquanto no “Doll” eu apenas escolhi cores que me agradavam e que eu achei que combinassem, bem, na segunda imagem todas as roupas tem suas cores por um motivo especifico, acredite e eu vou lista-las.
Ardriel usa um vestido verde, que é a cor justamente do reino do seu pai. Lucca usa uma roupa mais “à vontade” como é o estilo dele e onde se destacam o branco e o azul, cores da familia dele.
Aron, o filho adotivo de Ardriel, que é filho somente dela, usa verde como a mãe, em homenagem também ao reino do avô, à quem ele serve como secretario pessoal. Não tem uma relação muito próxima com os irmãos e, por isso, na imagem, é o único que não interage com ninguém.
Gabriela (ou Galawel) usa um vestido violeta, que é a cor pessoal dela, uma fusão do azul, cor da família do pai dela e do vermelho, cor da família da mãe, é, das filhas, a mais simples na maneira de se vestir e agir, por isso não esta de luvas nem de colar na imagem.
Miguel é o primeiro filho de sangue da Ardriel com Lucca. Trabalha como secretario do seu tio avô, o rei de Arlon e por isso a roupa em cinza e vermelho, pois as cores de Arlon são o vermelho e o branco. Tem a Gabriela como sua tutora em etiqueta e “burocracia real”, por isso optei por por a mão dele no ombro dela, para mostrar essa proximidade.
Mariana é a “princesinha” da família. Dos filhos é a única que faz questão de ser chamada de princesa ou de alteza sempre que se encontra no mundo de Noritvy e isso se reflete no visual dela: está com um vestido mais refinado do que as irmãs, com um colar mais chamativo e brincos. Não é tão atlética quanto a Gabriela e a Rebeca, por isso eu a fiz mais magra e mais baixa que as duas.
João é o irmão gêmeo da Mariana, é dito por muitos como a fusão dos pais, sendo extremamente parecido com o pai nos traços faciais mas tendo a cor de cabelo da mãe. Tem o pai como o seu grande “modelo”, por isso optei em por uma roupa parecida com a dele, só colocando o verde como referência à mãe e ao avô. É maior fisicamente do que o irmão mais velho, Miguel, pois sempre foi mais ligado em atividades físicas do que este mas não supera o pai em tamanho.
Rebeca, bem, nos texto eu boto que ela é dita por muitos como o “pai de saia” por ter um gênio parecido com este e a mesma cor de cabelo (embora ela adoraria ter a cor de cabelo da mãe) por isso optei por uma cor do vestido que homenageia a casa do pai e, diferente da Gabriela, escolhi colocar um discreto colar no pescoço. Sempre foi muito próxima do João, seu grande parceiro de “artes” e o coloquei com a mão no ombro dela para mostrar isso.
Larissa é a penúltima filha, como as irmãs Rebeca e Mariana, herdou a cor de cabelo do pai mas tem os traços do rosto extremamente parecidos com os da mãe. Como sempre a retratei como alguém bem independente, a cor do vestido não faz referência à casa alguma, é a maneira que arranjei para mostrar que ela tem sua identidade própria.
Benjamin é o último filho e o único, além de João, a herdar a cor do cabelo da mãe. Nos textos ele cresceu idolatrando o pai e o irmão João, ouvindo histórias das aventuras dos dois. Por isso eu coloquei ele com uma roupa quase igual à dos dois e a camisa é no exato tom de azul do brasão da família paterna. Se dá muito bem com a irmã gêmea, Larissa e por isso pus ele com a mão no ombro dela.
Ah, revisando essa post eu achei mais uma diferença entre as duas imagens: embora, em tese, em ambas, os filhos estejam em ordem cronológica da esquerda para a direita, a ordem dos dois últimos filhos (que são gêmeos) está invertida, com o Benjamim vindo primeiro na primeira imagem e a Larissa vindo primeiro na segunda imagem, sendo que o certo seria justamente ela vir primeiro.
Embora eu goste e goste muito das duas imagens, devo confessar que hoje gosto mais da feita no “Fabrica” pois consegui adapta-la mais às minhas ideias. E você, caro leitor, de qual você gostou mais?