De cara, caro leitor. caso você não tenha lido todos os meus textos e for daqueles que, como eu, não gostam de spoilers, recomendo que pule essa postagem aqui do blog.
Para aqueles que acompanham o meu cenário de Noritvy com certa “atenção”, já deve ter ficado claro que o principal reino daqueles que eu já apresentei é o reino de Arlon, situado, mais ou menos, no centro da porção norte do continente central de Noritvy, continente esse que muitos personagens incorretamente chamam de Noritvy quando, na verdade, os elfos do passado usassem o termo Noritvy (Terra dos Vivos, em élfico antigo) para se referir à todo o mundo e não somente ao continente central.
Arlon é um reino medieval e, por mais que exista magia neste e que esta facilite a comunicação entre os extremos de um reino grande como Arlon, ainda assim é normal que o Rei escolha nobres à quem ele concede títulos para questões em que possam ser seus olhos e seus ouvidos ao longo do reino. Arlon segue a mesma ordem heráldica da maioria dos países europeus da “nossa Terra”, que seria:
- 1- Imperador/Imperatriz
- 2- Rei/Rainha
- 3- Príncipe/Princesa
- 4- Arquiduque/Arquiduquesa
- 5- Grão-Duque/Grão-Duquesa
- 6- Duque/Duquesa
- 7- Marquês/Marquesa
- 8- Conde/Condessa
- 9- Visconde/Viscondessa
- 10- Barão/Baronesa
No caso, em Arlon, não existe Imperador, Arquiduque e nem Grão Duque, então o primeiro título abaixo do rei e de seus herdeiros seria o de Duque (ou Duquesa).
Na linha do tempo que eu imaginei para Arlon, incialmente, o reino teria um Duque só e com o tempo evoluiria para ter quatro duques (ou cinco pois um dos títulos seria divido por um casal), sendo eles conhecidos como os Duques do Sul, do Oeste, do Norte e do Leste, se colocados em ordem de criação dos seus títulos. Agora, eu vou falar um pouco deles e apresentar os seus brasões.
Duque de Ocaran-Rohelin: Este título é reservado ao chefe da família Rohelin, uma tradicional família humana que serve ao rei de Arlon quase desde que o reino foi fundado. Cabe ao Duque ou Duquesa (pois mulheres também já ocuparam este cargo no passado) chefiar as tropas do reino estacionadas na base militar que fica aos redores de Ocaran, uma importante cidade comercial situada quase na fronteira sul do reino, perto dos limites que separam Arlon do vizinho reino de Erdan. Devido à localização geográfica de Ocaran, os Duques acabaram ficando conhecidos como os “Duques do Sul”.
Uma regra estabelecida não pelo rei, mas pela própria família Rohelin, é de que só pode ascender ao cargo de líder da família e de Duque um herdeiro ou herdeira que seja homem ou mulher, ou no máximo, meio elfo, estando os elfos que possuem o sangue da família Rohelin excluídos da linha sucessória. Esta regra foi criada pelo terceiro Duque que acreditava que era o papel do líder da família dele oferecer conselhos e apoio do ponto de vista humano, ao rei de Arlon, um elfo, garantindo assim que a opinião daqueles de vida curta fosse sempre ouvida na corte do rei.
O Brasão do Duque de Ocaran-Rohelin consiste de três pontos principais: as listras vermelhas e brancas no fundo representando a casa real de Noritvy, a torre verde num fundo negro representando a cidade de Ocaran (também conhecida como a cidade esmeralda por ter várias fortalezas construídas com pedras verdes) e as espadas cruzadas num campo verde representando a família Rohelin.
Duque de Swordia: Em “O Retorno do Cavaleiro Branco”, eu deixo claro que o Sieg possui o título de “Duque de Swordia” dentro do reino de Arlon. Dentro do meu cenário, alguns séculos depois do primeiro Rohelin ter sido sagrado Duque, o rei de Arlon, Tiron, sagrou o sobrinho de sua esposa, Sieg Bianchi, Duque de Swordia. Isso se deu em reconhecimento ao grande esforço desprendido pelo elfo em prol do bem do reino e como um ato de afronta aos nobres da corte que faziam pouco de Sieg por ser filho de mãe solteira. O seu título, “Duque de Swordia” foi uma homenagem à cidade de Swordia, onde ele nasceu e que foi fundada pelo seu pai. Pelo fato de Swordia ficar próxima dos limites ocidentais do reino, logo Sieg ficou conhecido como o “Duque do Oeste”.
Na hora de desenhar o Brasão do Duque de Swordia, eu optei por fazer um brasão dividido em dois campos, o da esquerda com as listras brancas e vermelhas representando o reino de Arlon e o campo da direita em azul com uma espada, o símbolo da cidade de Swordia (sim, o nome é um trocadilho infame com a palavra inglesa “Sword”, espada em português).
Duque e Duquesa de Leos: Já na coletânea “Crônicas de Noritvy”, eu menciono que a Elza e o marido dela foram agraciados pelo Rei de Arlon com o título de “Duque e Duquesa de Leos”. O título de “Duque e Duquesa de Leos” foi dado a eles em reconhecimento aos feitos militares destes e deixando claro que para ele, o rei, a nobreza vinha dos atos e não de algo como sangue ou um antepassado famoso. Alguns anos depois da sua sagração, a Duquesa assumiu o comando da Cidade Muralha, situada no norte do reino, a pedido do Rei e assim ela e o marido passaram a ser conhecidos como os “Duques do Norte”. O título do texto é “os quatro (ou cinco) duques” justamente por causa deles, afinal o rei deu o título aos dois, os dois são igualmente duques, diferente dos outros títulos onde um membro do casal é o titular do posto e seu conjugue recebe o mesmo por “tabela”.
Já o brasão dos Duques de Leos é de longe o mais simples do quatro que eu desenhei por assim dizer: eu apenas inseri brasão da casa de Leos no meio de um brasão maior com as mesmas listras vermelhas e brancas.
Duque de Avalon: por fim o mais novo Duque e o tal spoiler do qual eu falei lá no começo desse texto. Quem leu o último volume de “Crônicas de Noritvy” está ciente de que no fim deste livro, o Frank acaba como regente do novo reino de Vitória, que é governado pelo mesmo rei que Arlon. Pois bem, num texto inédito meu, que eu por enquanto não tenho pretensão de publicar aqui no site, eu mostro um Frank adulto que agora carrega com ele o título de “Duque de Avalon”.
A ideia por trás do título é fortalecer a posição do regente de Vitória perante os nobres de Arlon, afinal como são dois reinos diferentes, embora possuam o mesmo rei, diante da nobreza de Arlon, dentro dos limites deste reino, o regente não gozava de nenhum status especial e como ele passou a ser um Duque de Arlon, ele passa a gozar de todo o status que vem com o título. E “Duque de Avalon” porque a montanha em cujos pés fica a cidade estado de Vitoria foi batizada de Monte Avalon pelos fundadores desta. E como Vitória fica à leste de Arlon, o Duque de Avalon passou a ser conhecido como o “Duque do Leste”.
O brasão de Avalon é quase igual ao de Swordia, só invertendo o lado onde ficam as listras e trocando o campo azul com a espada por um campo verde com um V estilizado, o mesmo V que está no brasão da cidade de Vitória.
E aí, leitor? Gostou dos brasões e das histórias por trás dos títulos? Deixe o seu comentário aqui embaixo se assim desejares e, como sempre, basta clicar no brasão para vê-lo ampliado